Certamente, você gosta de viver numa casa limpa. Por isso, de vez em quando, faz sua faxina. Vassoura na mão, suor no rosto. Vai limpando o piso. Recolhendo a sujeita. Passa um pano aqui e acolá. Tudo para sua residência exalar um ar de limpeza. Daí não se preocupa tanto em adoecer, devido à presença de algum germe. Você fez o possível, para expulsá-los de sua casa. Uma cuidadosa faxina, com sabão, desinfetante e outros agentes de limpeza. Mas já pensou numa faxina diferente?
Não vai ser necessário sabão ou desinfetante. A sujeira agora não se limpa com substâncias materiais. A melhor água sanitária não vai servir. Por isso, essa sujeita é tão perigosa. E bem mais difícil de ser removida. Sua casa pode estar literalmente emporcalhada com ela. Sem que você nem se dê conta disso. A sujeira de que estou falando é a sujeira espiritual. Sujeira que o maligno trata de semear. Nesse caso, apenas uma faxina de mesma natureza será eficiente para limpar sua casa. Uma faxina também espiritual.
A faxina espiritual é quando nos empenhamos em limpar as más ações e comportamentos dentro de nosso próprio lar. Também tem o caráter preventivo de barrar a entrada desses “vermes espirituais”. Faxina espiritual, irmãos, se faz com o uso da palavra do Senhor. Neste caso, a única arma eficiente contra os vermes do maligno. E você vai precisar suar muito. Pois a batalha é diária, e sem tréguas. Mas os frutos desse suor serão frutos de benção para sua casa. Em Isaías 58.9, lemos “Então, clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e Ele dirá: Eis-me aqui; acontecerá isso se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo e o falar vaidade”. Tal conduta exigida por Deus, primeiramente se constrói dentro do nosso lar. Da porta pra fora, nossas ações são prolongamentos de como agimos em casa. Jamais devemos oprimir os nossos entes queridos. Isso é um ponto fundamental. Muitas vezes, testemunhamos esse comportamento em diversos lares. Cobranças exageradas, julgamentos desmedidos, mais nos afastam que aproximam. Viramos estranhos dentro de nosso próprio lar. Devemos substituir tudo isso pelo amor verdadeiro, que se traduz em carinho e compreensão. E nossos gestos contam muito. Edificamos a nossa casa, quando construímos sobre alicerces fortes e salutares. Por isso, não permita a falta de respeito, o tom de voz ofensivo. Em relação às conversas, saibamos empregar um freio de sabedoria em nossa boca. O alerta do apóstolo Tiago 3.6 é contundente: “A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno”. A todo custo devemos fugir dos mexericos e da maledicência. Isso é maldição passada de pais para filhos, que tomam como um exemplo a ser seguido.Você não convidaria uma cascavel para tomar um chá. Mas existem pessoas com o espírito tão traiçoeiro quanto de uma víbora. Assim, é prudente sermos seletivos com quem nos relacionamos. A casa é ambiente sagrado. Evitemos que seja frequentada por pessoas de conduta reprovável, que aos poucos irão plantando sementes de destruição. Outra via para o mal entrar ardilosamente em nosso lar, são o rádio, a tv, internet, livros, e outros meios que trazem a degradação humana disfarçada de entretenimento. Ou defendem comportamentos abomináveis a Deus, sob pretexto de lutar contra os preconceitos. Isso não significa que precisamos viver no tempo das cavernas, sem usar nenhum desses avanços tecnológicos. Nada disso. Mas que peçamos ao Senhor para nos dar discernimento. E saber tirar proveito do que há de melhor. Sem que nossa mente vire uma lata de lixo, que acolhe indistintamente todo tipo de sordidez. Que nossas mentes sejam um celeiro de boas ações que agradam a Deus. Não permitindo que o joio subsista o trigo. Assim, façamos a nossa faxina espiritual. Tirando toda sujeira que o maligno disseminou. Protegendo nossos lares. E colhendo os frutos que a palavra viva do Altíssimo ensina. “E desceu a chuva, e correram os rios, e assopraram ventos, e, combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mateus 7.25)
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Rutinaldo Miranda
